terça-feira, 5 de maio de 2015

7º Fórum de Liberdade de Imprensa & Democracia



O Portal Imprensa realizou, nesta segunda-feira (04/05) no Auditório do Museu da Imprensa Nacional em Brasília - DF mais uma conferência com debates que uniu autoridades, empresários, jornalistas, estudantes e interessados para falar sobre jornalismo livre e democracia na mídia brasileira.

Como forma de enfatizar o tema e as coberturas possíveis além da cobertura do evento teve uma série de matérias com pautas nacionais e internacionais englobando pontos críticos da liberdade de imprensa e expressão, o que deixou claro a necessidade de manter tal debate sempre em evidência. 

Sinval Itacarambi Leão, diretor responsável da Imprensa Editorial, iniciou o evento agradecendo a presença da ministra Cármen Lúcia na abertura do 7º Fórum de Liberdade de Imprensa & Democracia com as seguintes palavras: 

"Ontem 3 de maio, celebramos mais uma vez o dia Internacional da Liberdade de Imprensa e de expressão. Se no ano passado estávamos ainda impactados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade no RJ. Neste ano a Imprensa ainda vive uns rescaldos de uma rejeição acirrada diante de um crime que aumentara 82 % no ano digital. No dia em que se lembrou a importância da imprensa livre, a mídia sofria sobre o impacto da morte de jornalistas de forma violenta por grupos radicais religiosos como os degolados pelo Estado Islâmico ou mortos no ataque contra o jornal Charlie em Paris em janeiro passado, bem como a dificuldade de manter a plena liberdade de expressão em tempos de patrulha do politicamente correto. Mais do que isso, a indústria jornalística nacional amarga os efeitos de uma crise econômica que coloca em cheque não só as empresas, mas também a própria profissão de jornalista depreciada e desacreditada.

Com tudo isso a revista Portal Imprensa mantém o compromisso anual de trazer à tona, temas espinhosos, mas que são fundamentais, que sejam debatidos sobretudo quando nas ruas a quem clame pela intervenção militar do país. Em tempos de múltiplas opiniões e de liberdade para que elas se manifestem, é natural que todas as existentes se expressem, no entanto é dever dos comunicadores defender a plena liberdade de imprensa e expressão sem censuras impostas ou veladas. Aí estão os alicerces da real democracia! Aqui, no 7º Fórum de Liberdade de Imprensa & Democracia, buscamos trazer para a discussão os temas mais quentes e relevantes que pairam sobre o assunto, acreditando com as palavras do Ministro Aires Brito que "...a Liberdade de Imprensa é irmã siamesa da Democracia", destacou o simpático Sr. Sinval. 


Sinval, que ama a comunicação, acolheu a todos com muita simpatia, agradeceu aos participantes por participarem desse seminário e desejou um bom evento para todos.


O evento teve início com abordagem sobre a liberdade de imprensa brasileira no contexto da América Latina, em debate teve as censuras judiciais e as relações da mídia com o poder. 



Américo Jardins, diretor-geral da empresa Brasileira de Comunicação (EBC), foi convidado a moderar esta conferência. Em sua fala ele lembrou que "é de fundamental importância participar de fóruns. Essa é a minha sétima edição. Sempre defendi que a imprensa de comunicação de forma geral deve ter um setor de comercial muito forte como o Brasil tem, mas acho natural que tenha as estatais como da EBC e de outros canais de estados com ricos poderes que fazem trabalhos pela democracia e vários representativos como a Câmara. Também é fundamental para a liberdade de expressão e liberdade de imprensa que em qualquer país tenha um setor público muito forte".



Cármen Lúcia Antunes da Rocha, Ministra do Supremo Tribunal Federal, dispensou maiores apresentações, mas Américo não deixou por menos e destacou um breve currículo da palestrante: Mestra em direitos constitucionais pela UFMG, doutora em direito de Estado pela USP, especialista em direito de empresas pela fundação Dom Cabral e atuou como professora titular em direito institucional da PUC de Minas, atuou também como como advogada do sindicato de jornalistas em Minas Gerais na década de 1980.  Foi Presidente Superior Tribunal Eleitoral e tem vários livros publicados. 

Em sua fala inicial, ela enfatizou "... a importância de espaços como esse, nos quais discutimos sobre temas essenciais a democracia, e portanto a vida de cada um de nós. Quero também...  vida por alguém que defende a pluralidade, que é princípio constitucional e princípio democrático, se não tivermos essas informações apresentadas pelo Estado (Judiciário, Executivo e Legislativo), acredito que a sociedade nem se quer dispõe dos meios para questionar, para se manifestar, contra ou a favor, sobre o que se passa, por isso mesmo a experiência do público-estatal e do público não-estatal, como algumas exatamente dessas empresas ou desses organismos de órgãos do Estado... façam com que tenhamos um aumento de possibilidades e caminhos para o conhecimento e para que se tenha então essa pluralidade também das informações e os questionamentos feitos, e que são necessários para que a gente tenha crescimento".

Ela fez a observação em 3 tópicos basicamente: "Democracia e Liberdade de Imprensa na experiência democrática da América Latina ou antidemocrática em muitas ocasiões, e os desafios e as possibilidades desse momento que é momento grande de transformação. Partindo claro de uma visão jurídica, não tenho a experiência do jornalista, que tem no dia a dia percaussos e também a possibilidade de criação, a partir dos direitos livres e dever funcional, social de tecer seus comentários e fazer as suas observações, a minha visão é sempre de alguém que esteve ou como advogada de jornalismo que fui, antes de me tornar juíza ou como uma cidadã preocupada com o tema que agora na condição de juíza trago agora essa visão, com enfoque jurídico... olhamos essas liberdades como um espaço de defesa permanente e necessária, mas a partir de um sistema jurídico no qual, se pretende que essa liberdade se garanta todos os outros direitos".

"Quando falamos da liberdade de imprensa, falamos da palavra e do que representa a palavra, não há um tema que me cale mais do que o papel da palavra como agente de humanidade, de humanização, desumanização e de comunicação  entre as pessoas da grande experiência humana que é transformadora permanentemente  da própria humanidade, que ainda precisamos lutar por ela. E se tivesse com a palavra e a liberdade de expressão eu me lembro da grande poetisa, enorme Cecília Meireles, cuja passagem se tem: "Ai, palavras, ai palavras, que estranha potência a vossa! Sois de vento, ides no vento, do vento que não retorna, e em tão rápida existência, tudo  se forma e transforma”, por quê as pessoas tem tanto medo de palavras? Se estamos todos de acordo no mundo inteiro, hoje que a liberdade de expressão é dado a própria humanidade que ainda precisamos lutar por ela constantemente.


Essa é a questão que Cecília Meireles punha ao afirmar que a palavra pode ser perdão, também pode ser uma heresia, ao fazer esses versos sobre a execução de Tiradentes, perdão podia ser pois sois um homem que se..., é sempre a palavra que transforma e forma a vida das pessoas. Daí porque a liberdade de expressão tem uma grande importância...  Não há democracia sem Imprensa livre e não há Imprensa Livre sem democracia e que a opressão não tolera a Imprensa livre".

Os cartunistas e chargistas  Oscar, Carlos Latuff e Jaguar debateram sobre  o limite da liberdade de expressão.










Essa edição contou com o patrocínio do grupo Globo e do grupo institucional da Imprensa Nacional, ABI, ANJ, ANE, AMBERT, ABRAJE e FENAJ e com o apoio de mídia da Agência Rádio Web.


 Veja mais informações no www.portalimprensa.com.br

Fotos: Carlos Daniel Souza 


Legenda e fotos em construção


Olá amigos sem muita inspiração mas passando para desejar uma ótima quarta-feira para você e assim sendo possível volto a postar ok. 

Agradeço de coração sua linda passagem por aqui e tenha um dia abençoado.


Nenhum comentário: